Paróquia de Santo Afonso

R. Barão de Mesquita, 275 – Tijuca, Rio de Janeiro – RJ

Telefone: (21) 2264-6162

Site: Site Oficial

 

 

Atenção!

Sugerimos que sempre telefone para a igreja para confirmar o horário. Os horários de Missa às vezes sofrem alterações temporárias ou permanentes.

 

Funcionamento da secretaria:

  • Segunda: 7h30 às 17h30
  • Terça a Sexta: 7h30 às 21h30
  • Sábado: 8h às 18h30
  • Domingo: 8h às 11h30

Missas:

  • Segunda: 7h
  • Terça: 7h, 8h, 15h e 18h
  • Quarta, Quinta e Sexta: 7h, 8h e 18h
  • Sábado: 7h, 8h, 15h e 18h
  • Domingo: 7h, 9h, 11h, 16h, 18h e 20h

Confissões:

  • Terça a Sábado: 8h às 10h15 – 15h às 16h15

Fonte: Site Oficial

 

História

A chegada dos redentoristas ao Rio de Janeiro aconteceu em 1903. Os moradores da Tijuca sentiam grande falta de uma igreja na região, que já era bem povoada. A Igreja de São Francisco Xavier ficava distante e era muito pequena.

Em 06 de janeiro de 1903 começaram as conversações com o Arcebispo do Rio de Janeiro, D. Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti. Depois de debater o assunto, o Arcebispo aprovou definitivamente a fundação de uma igreja redentorista no Rio de Janeiro. O Conselheiro João Pedreira do Couto Ferraz, que residia numa casa espaçosa no Largo da Fábrica das Chitas, ofereceu generosamente sua capela doméstica para o uso dos redentoristas. Esta casa foi demolida em 1910 para dar lugar à Praça Saens Peña.

O Pe. Gualter Perriens foi nomeado como superior do Rio de Janeiro. Veio acompanhado do Pe. Francisco Lohmeyer e foram morar em uma modéstia casa na Rua Bibiana. Logo depois, se mudaram para a Rua Silva Guimarães nº 03. O Pe. Gualter Perriens, o Pe. Francisco Lohmeyer e também o Ir. Lucas Kersten são os fundadores da casa do Rio, a terceira casa redentorista do Brasil. No ano seguinte passaram a morar na Rua Barão de Mesquita nº 46, em frente ao atual convento.

O Terreno:

O primeiro passo para a construção da nova igreja era conseguir um terreno. A região foi examinada e estudada. Encontraram um lugar perfeito na Rua Major Ávila, delimitado pela Rua Conde de Bonfim, e à direita pela Rua Barão de Mesquita. Verificou-se que o terreno situava-se à igual distância das paróquias vizinhas. Dos dois lados passavam muitos bondes e era ponto central entre vários bairros populosos. Todas as classes sociais estavam representadas: ricos comerciantes, deputados que moravam na Rua Conde de Bonfim, mas também pobres marginalizados da classe operária. A igreja estaria ao alcance de todos.

O terreno pertencia a D. Elisa Cabral, filha do Barão de Mesquita. A senhora tinha personalidade muito difícil e não queria vender a propriedade. Apesar do começo não ser animador, o local era excelente e valia à pena lutar por ele. Depois de conversarem pessoalmente com D. Elisa, marcaram um encontro na casa do Conselheiro Pedreira para tratar da venda. A senhora pedia a quantia de 58 contos de réis. Essa foi uma péssima notícia, pois os redentoristas pensavam em um valor muito inferior. Propuseram a compra de parte do terreno, mais isso não foi aceito pela proprietária.

Os padres chegaram a conclusão de que o valor era razoável. Pensaram, então, em comprar o terreno pelo preço pedido, utilizar somente o que precisariam para a obra e vender o restante com lucro. Fecharam o negócio por 55 contos de réis. Entretanto, alguns dias depois, receberam a notícia de que D. Elisa havia voltado atrás e não queria vender o lote por aquele preço. Ela queria agora 127 contos de réis, valor muito alto para a Congregação, que depois ainda arcaria com a construção da casa e da igreja.

Dificuldades:

De novo estudaram a planta da área e buscaram outros terrenos. Procuraram por toda região, mas cada vez que estavam para assinar o contrato, aparecia uma dificuldade. Foi então que o filho de D. Elisa propôs que comprassem apenas a parte que precisavam do terreno da Rua Major Ávila. Depois de muitas negociações ajustaram o preço. Quando afinal iam fazer a escritura verificou-se que D. Elisa não era a proprietária. Tinha apenas o direito de uso. Tudo pertencia aos filhos, portanto só eles poderiam vender.

Quando a compra parecia impossível, por determinação judicial, a propriedade foi a leilão. Havia novamente uma esperança. Em 25 de janeiro de 1904 foi arrematada pelos redentoristas por 25 contos de réis. O terreno finalmente pertencia a Congregação. Em 20 de fevereiro de 1904 chegou de Belo Horizonte o Irmão Gregório que tomaria as providências para a construção.

Tinha-se pressa. A primeira idéia de se fazer uma capela de emergência foi descartada. Esperar meses pela aprovação de uma planta também não combinava com a personalidade dinâmica do Pe. Gualter. Aproveitaram, então, a planta já aprovada da igreja dos redentoristas de Montevidéu, em estilo neo-romano. Deste modo, encurtaram o processo, pois Roma não precisou examinar e aprovar novos planos. E assim se fez nestas medidas: 45 de comprimento, 17 de largura, altitude interna de 14 metros, três naves e duas torres na fachada, na qual se vê uma rosácea, acima da porta principal, acompanhada de duas portas laterais.

Pedra fundamental:

Em 25 de março seria lançada a primeira pedra da primeira Igreja de Santo Afonso no Brasil. Haveria uma grande festa. Na véspera do dia marcado o tempo estava bom, mas a meia-noite começou uma forte tempestade. De manhã, o terreno estava em lama, os enfeites desfeitos e a lona, que havia sido armada, não resistiu. Arrumaram o melhor possível o que sobrou. O Arcebispo chegou e o terreno estava cheio de gente. As autoridades civis também estavam presentes. Mal o arcebispo começou a solenidade voltou a chover. Assinaram as pressas o documento, fechando-o dentro da pedra e todos correram por causa da chuva. O Arcebispo celebrou a missa na capela do Conselheiro Pedreira. No dia seguinte os jornais noticiavam a cerimônia.

Inauguração:

A obra durou três anos. Em junho de 1907 a igreja foi inaugurada pelo Cardeal Arcoverde, que benzeu os dois sinos e celebrou a missa.

Apesar das dificuldades na construção da igreja, os redentoristas não ficaram parados. Iniciaram a missão dois dias depois da chegada no Rio de Janeiro, isto é, no dia 1º de abril de 1903. Trabalharam na capela das irmãs dos Santos Ansto e promoviam também missões na periferia da cidade.

Primeira pastoral:

Foi na Igreja Santo Afonso que se fundou a primeira “Liga Católica Jesus, Maria, stoé”, em março de 1908, com 125 homens. Em 1919, a Liga já contava 1.239 homens só na Igreja de Santo Afonso.

Hoje, a paróquia é referência na região. Tem importante papel na formação da personalidade do tijucano, uma vez que atua efetivamente na comunidade. O movimento jovem da Igreja é muito conhecido e muito ativo. As festas que nela se realizam são tradição no bairro da Tijuca.

Fonte: Igreja Santo Afonso – RJ – 3ª Fundação
Redentorista no Leste Brasileiro Vol. IV
Autor: Pe. João B.Boaventura Leite C.Ss.R.

 

 

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